A caneta
espaçou-se
em luzes...
... e rasgou
sulcos
sangrentos
em tintas
azuis...
Viajantes
somos todos
nós
em naves
siderais
de sonhos
e ilusões...
Viajantes
somos todos
nós
em navegações
estelares
e ritos de
passagem...
Somos
passageiros,
forasteiros,
navegantes,
retirantes,
visitantes...
em remanso
de almas...
Rios
e sonhos
encharcados
de nada...
Universos
vazios
em existências
solares...
Planetas
dançantes
na miragem
alcoólica
de dias
azuis...
Tremulam folhas
e flores...
... enquanto nuvens
fagueiras
entoam
serenatas
em céus
de brigadeiro...