Jesus chegou - poema publicado

 

 

 

O menino Jesus dorme sereno em seu berço de palha, tão pequeno! Na pobre manjedoura, tudo se faz luz! Ah, é Jesus que, frágil e menino, dorme "sossegadinho"

 sob o olhar atento, sublime alento da  mãe amorosa, formosa Maria.  José, o pai esperançoso, vela ansioso pelo rebento que, de olhinhos fechados, repousa docemente... sabendo "a gente" que esse Ser traria, através do olhar, o brilho do luar, a suavidade das ondas do mar, o encanto noturno do voo do sabiás, o  aroma das flores do campo a "verdejar"...

E a Estrela d'Alva! Seguindo o caminho certo,  chegaram os reis magos guiados pelo Divino Senhor, para surpreender o menino que adormece, trazendo-lhe presentes, ajoelhando-se aos pés Daquele que salvaria a humanidade!

Que brilho tem a estrela! Que noite maravilhosa contempla o casal e seu filho amado... tudo parece esperar... Enquanto na singela manjedoura, a paz,  a tranquilidade e o amor é que reinam... O Planeta Terra é todo brilho, todo luz, e o meigo Jesus sonha... é menino, é simples menino que nasce entre nós e os anjos vêm anunciar:

- Chegou Jesus, Ser que é puro amor, louvemos aos céus, chegou Jesus!

Paz... as flores se curvam reverentes ao menino Jesus... Amor... a brisa acaricia a face do Ser alado, do menino Jesus... Esperança... vida nova, nova era, é o menino Jesus que chega para ensinar a boa nova, a doutrina do amor!!

Aleluia! O Planeta Terra já não é apenas um simples planeta do Sistema Solar: é um imenso coração que bate, pulsa, vibra, é só amor... tudo isso para receber, acolher o menino Jesus, que é Luz!

 

 

Papai Noel vem vindo...

Papai Noel 

vem vindo...

acalmam-se as vozes

e alaridos,

calam-se crianças

em choro...

e vira-latas latem

em músicas...

O dia cinza

e calorento

transcendeu

a tristeza

e derreteu alegrias...

- "num instante!

a magia se fez!"

Papai Noel

vem vindo...

Sintam o cheiro

da esperança no ar...

Grilos pululam,

colibris abençoam...

- mais um Natal

despejou luz

nas almas

em dor...

Pirilampos

Silenciaram

as alvoradas

em muda

oração...

... e os pirilampos,

com suas luzes,

abençoam

casais

ao entardecer...

Graças

Louvemos ao Senhor

as dádivas,

risos

e lágrimas...

... as lutas,

esperanças,

amores

e desamores...

Rendamos graças

ao Senhor

pelas flores,

rosas

e

colibris...

Seres alados

Nas florestas

de esmeraldas,

seres alados,

encantados,

escondem-se,

riem,

espreitam,

brincam

em cambalhotas

e jogos

de esconde-esconde...

Duendes,

gnomos,

fadas,

protetores

e mágicos...

São sonhos

e lendas!

Mitos 

e superstições!

Fogo

e água!

Luz

e sombras...

BÊNÇÃOS

Em rios,

lagos, mares

e cascatas

escorregam

e celebram

águas azuis...

- águas de bênçãos!

Poesia Adeus - Jornal Zero Hora/14/11/2017

Calmante

Flores alvas

e

serenas

cobrem

e perfumam

estrelas

e 

sóis

nas noites

de dor...

Silêncio

Recolheram-se,

em silêncio,

os lírios

e os beija-flores...

Em oração,

o mar

azul

sonhou

corais

lilases...

Túnel do tempo

Abriu-se o túnel

do  tempo

e os viajantes

em um retorno

sem fim...

10, 20, 30, 40, 50, 60...

70, 80, 90, 100...

e o tempo recuou

e as partículas de átomos

vibraram

em consonância

com o infinito...

10, 20, 30, 40, 50, 60,

70, 80, 90, 100, 200, 300...

na ampulheta,

os segundos, minutos, horas

escoam

em uníssono

com o pulsar eterno

do universo...

Fada Morgana

Fada Morgana,

em roupas azuis,

voava por sobre

gramas e jasmins...

Com a varinha

de condão,

curava dores

e dramas,

concretizava sonhos

de donzelas

e damas...

Fada Morgana

era luz

em castelos escuros e sombrios...

era luz

em passagens secretas e perversas

era luz

em dias foscos e sem paz

era luz

em dias sem sol...

Pinceladas

Em várias cores,

o artista

pincela

histórias,

desditas

e dias...

Cada rabisco

em lápis preto

ou tinta...

são retratos,

são lágrimas,

são perfumes,

são poemas,

são amores,

são adeuses...

Poesia no jornal Zero Hora/ 18/10/2017.

Miscelânea

Violetas

e

bromélias

...

risos

sorrisos

suspiros...

Rosas

e

margaridas

...

andanças

esperanças

e 

bonanças...

Tulipas

e

girassóis

...

abraços

enlaços

encalço

abraços...

Azaleias

e

hortênsias

...

brincadeiras

folguedos

e

segredos 

de infância...

Quebra

Longe,

muito

além 

de

nossos

sonhos,

o som

espartano

de um violino

quebra

os encantos

mornos

e nostálgicos

do entardecer...

Monocromia - poema publicado

Compus notas

verdes,

enquanto

a tarde

morria de luz...

... e no bailado

das horas,

o tique-taque

do relógio

rasgava

a paz

do dia

em monocromias

ásperas...

Poeta

Sou poeta

não porque

choro,

sofro,

rio,

sorrio,

reclamo,

amo...

Sou poeta

porque a palavra

me identifica,

santifica.

ressignifica,

unifica...

Sou poeta

porque os versos

são meu sol,

maestria,

sinfonia,

simetria,

sintonia...

... estrela- guia!

Encanto

No jardim,

borboletas

aladas

colorem

e pintam

bordados

multicores...

... respingos

sutis

em tons

de anis...

No jardim,

plantas

esqueléticas

suspiram

e sorriem

pelas gotas

líquidas

da chuva 

que cai...

- Encantaram-se

as sombras

das ramagens!

ROSA BRANCA

Enquanto

em luto,

nossas almas

choram

tristezas...

... lembremo-nos

que foste

luz,

sol,

bálsamo,

puro amor

em meio

à dor...

Foste

o que poucos

conseguem ser

em uma única

vida:

- heroína!

Foste, sim,

rosa branca

em meio

ao fogo

e ao horror

insano...

Identidade- poema publicado em jornal

Somos

feitos

de sonhos,

amores,

esplendores,

louvores,

lírios

e

magia...

Somos

feitos

de alegrias,

nostalgias,

sinfonias,

maestrias,

rosas

e 

luz...

Somos

feitos

de esperanças,

nuanças,

bonanças,

confianças,

relvas

e 

paz...

Adeus

Cobram

as

horas

em 

silêncio...

Folhas

murmuram

gemidos

e 

colibris

ensaiam

despedidas...

A manhã

morreu

em suaves

tons...

Fascinação - quase um conto

Vagarosamente, com graciosidade etérea, a dama desliza no salão atapetado de tons escarlates.

Na varanda, em conluio com a morna brisa, a orquestra melódica embala casais enamorados e doces. 

A dama, porém, imersa em plumas mágicas, é perfume melancólico, revestida de enigmas, sonhos, dores e luzes... moldura suave para o casarão de sombras e risos...

RETRATO

Apenas 

o retrato

na parede

rosa e cansada

é marca

saudosa...

por onde

veias e artérias

respingadas

são passagens

esculpidas

pelas águas

da chuva...

- ornamentos de lágrimas...

RELÓGIO

O tic-tac

monótono

do relógio

sobre o 

aparador

marcava

no tempo

os suaves lamentos

de saudades eternas...

O tic-tac

poeirento

do relógio

na sala

desbotada

e despida de almas

avivava

lembranças

pungentes

dos amores

de outrora...

BÊNÇÃOS

Vi

o dia

em azul

e verde...

Vi

os pássaros

em revoadas

abençoadas...

... em cantos multicores...

Vi

a noite

perfumada,

coroada

de estrelas

luzidias...

Vi

minha terra,

meu berço,

recomeços,

meu lar!

Outras poesias Livro "Dia a Dia se Faz Poesia"

SAUDADE

No estojo,

a borracha...

No quadro,

o apagador...

No jardim,

as sementes...

No ar, 

o beija-flor...

No meu coração,

a saudade

de um grande amor!

BRUXINHA

A bruxinha de pano

toda esfarrapada...

Ao chão foi jogada!

-pobre coitada...

Desfez-se ela Ana Maria.

Mas, logo, logo,

Outra  menininha

Carente de atenção

Na bruxinha, bem ligeiro,

passa a mão!

INVERNO

Trêmulo, Toninho encolhe-se

na manhã azul

e gelada...

E, na estrada,

O ônibus rouco e velho,

recolhe a meninada

Que perfuma de tons rosados

Mais um dia

da vida escolar...

MENINA

Maria,

em seu vestido

de bolinhas...

Solta balões multicores

e perfuma a tarde

com seu sorriso

primaveril...

BAILARINA

Na ponta do pé,

baila a menininha

de tule rosa...

Rodopios melódicos,

ágeis asas de borboleta

e a bailarina

até parece voar...

Poesias para crianças LIVRO "DIA A DIA SE FAZ POESIA"

FLORES

Vou levar

à Branca e Ornela,

minhas amigas,

um buquê

de flores amarelas...

Atchim!

Odores

Respingados

Na tarde

de primavera...

Atchim!

CHUVA

Cai a chuva de mansinho,

Bate ploc! no telhado,

bem devagarinho...

Ploc! Faz a chuva no telhado,

Ploc! O sapato encharcado,

da menininha,

vira barquinho molhado...

Ploc! Cai a chuva

bem macia...

FOLHA

Olha,

despenca a folha seca e murcha...

"Triste idade"...

Plaft!

Virou tapete dourado

Nas avenidas da cidade!

SAPATO

O sapato

apertado,

velho,

gasto,

poeirento,

lá do Seu João

virou casa de moradia

- nostalgia!

para Dona Aranha...

CASA

Naquela casa,

ali,

mora uma fada...

Naquela casa,

ali,

moram Adão e Mafalda...

Naquela casa,

ali,

repousa o sol...

E, na madrugada,

a lua prateada

da casa faz

sua morada...

MARGARIDAS

Gotas de orvalho

regam as pétalas

muito puras,

muito brancas

das margaridas...

em flor...

enquanto,

lá no jardim,

entre canteiros perfumados,

valsa o beija-flor!