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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Abelha Zizi e a força do amor

 


 

Abelha Zizi

Triste,

Confusa,

Raivosa,

Infeliz...

 

 

Voou,

Voou,

Buscava encontrar

O sol,

A luz,

A paz,

Paz!

E a flor ideal...

 

Voou, voou...

No milharal,

O susto se deu!!

Espigas amarelas

Em profunda reflexão

Curvavam-se até o chão...

Pareciam orar

Em intensa meditação!

 

E abelha Zizi

Voou,

Voou...

Buscava encontrar

O sol,

A luz,

A paz,

O amor

E a flor ideal...

 

Voou, voou...

                                                                         No jardim,

Com flores cheirosas,

Jasmim, tulipa,

Rosa e margarida!

Coração a saltar...

Tremeu-se toda

A abelha Zizi...

Pétalas dançantes

Em ciranda cirandinha,

Alongavam-se

Em mantras

Abençoando insetos, plantas!

Mãos calmantes

Por sobre a natureza

Verdejante...


Mas, em imensa

Agitação...

Nem milharal,

Nem quintal,

Nem jardim,

Nem pomar...

 

Abelha Zizi

Voou, voou,

Descabelada,

Afobada,

Buscava encontrar

O sol,

A luz,

A paz,

O amor

E a flor ideal...


Voou, voou...

No curral,

Muitas patas,

Muitos ruídos,

Muito leite...

 

Abelha Zizi,

Quase com ódio,

Em volteios

E rodeios...

Sentimentos ruins!

Sem descanso,

Sem alento,

Sem sustento...

Buscava encontrar

O sol,

A luz,

A paz,

O amor

E a flor ideal...

 

Voou, voou...

Do curral

À casa grande,

Tantas paredes,

Telhados,

Tanta gente

E, bem lá na frente...

  

Abelha Zizi

Segurou

As asas

De supetão!

E quase atropelou

O beija-flor

De roldão!

 

Bichos,

Bichanos,

Árvores,

Pássaros,

Seres humanos...


Da casa grande

Ao céu anil...

Um mar de paz...

Um mar de azul...

Um mar de amor...

Abelha Zizi

Voou, voou

E pousou...

Esbaforida,

Atrapalhada,

No ombro estrelado

Da jovem Aninha...

 

Curiosa,

Surpresa,

Ansiosa,

Olhos arregalados,

Abelha Zizi

Já nem pensava

Em encontrar

O sol,

A luz,

A paz,

O amor

E até a flor ideal...

 

Aninha, imersa

Em paz e sol...

Mãos calmantes

Era remédio atuante

Nas dores do  

carneirinho Pompom!

 

Na tranquilidade

Do momento,

Abelha Zizi

Gargalhou

De pura alegria!

Sentiu a força da cura,

Sentiu a força do amor...

Nas mãos do Criador!

 

Porém, eram as

Mãos de Aninha

Que traziam a salvação:

- o bem de aliviar

- o bem de ajudar

       - o bem de harmonizar

- o bem de amar

- o bem de acolher

- o bem de ser canal

Para o outro tratar!

 

Abelha Zizi

 Novamente gargalhou,

Contente,

Sorridente,

As nuvens escuras

Embora se foram...

E a flor ideal,

A paz, a luz, o amor,

A calma,

Brotaram na própria

Alma...

 

Carneirinho Pompom

Refeito,

Sem dores,

Aliviado

Era só louvores!

Feliz a saltitar,

Parecia querer

Beijar

Mão e pés

De Aninha!

 

 

Abelha Zizi, Pompom,

Aninha, flores, insetos,

Aves, árvores

E luz...

Imersos em energias

Curativas das forças

Vibratórias

Do Amado Jesus!


Reflexo- poema selecionado



 


... o tom escaldante

do teu adeus

é apenas o reflexo

amargo, doído...

da face oculta

que o espelho

esconde...


** Poema classificado para revista entreverbo/julho de 2021

 


Meu poema em destaque

Poema selecionado "Brumas"

  Poema selecionado Revista Bsrbante abril 2024