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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

ALQUIMIA DO TEMPO -poema premiado

 


 

 

Enquanto a poeira

soprava

e ardia

em nossos olhos

e almas...

o deserto em mistérios

era a dura

descoberta

de um espírito sonhador...

 

 

Na languidez

mormacenta

das horas,

só mesmo os cactos

pontiagudos

de espinhos

mostravam sorrisos...

- risos cansados,

tristes,

sedentos de água...

 

 

O calor afagava,

enlaçava,

abraçava

corpos suados

e os rostos crestados

refletiam imagens

de dor...

 

Era o deserto

em sua amplitude

infinita,

quebrando sonhos,

forças

e vontades...

... ressecando

lágrimas

e almas...

... confundindo

silêncios

e horas...

... mesclando impiedade...

 

- Alquimia do tempo!


** Poema premiado com o 6º lugar, em 10 de Setembro, Revista Inversos, Feira de Santana, Bahia.

 

 

 

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