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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Insetos - poema publicado em Antologias
Insetos
Os olhinhos quase saltavam das órbitas,
pobres olhinhos inocentes...
incoerentes, patéticos,
querem algo,
estrago que já sofreram tão cedo.
Os dedinhos magros cobrem
a visão retorcida da
angústia que esmaga,
a triste ferida que o
tempo não cura,
nem o remédio adianta?
A pobreza é pungente,
muda o que é direito,
corrói o que está certo,
sufoca os protestos,
mata o inseto?
Inseto... parece aquele menininho
que tapa os olhos na certeza
que não verá nunca o brilho
de um novo amanhecer!
"Somos simples insetos humanos"
Malmequer Bem-me-quer - poema
Malmequer
Bem-me-quer
desfolhar
malmequer...
bem-me-quer...
pétalas amarelas
caídas pelo chão...
- amores de verão!
despetalar
malmequer...
bem-me-quer...
pétalas perfumadas
arrancadas sem perdão...
- amores que chegam!
- amores que vão!
... malmequer...
... bem-me-quer...
Tecelãs - poema
Tecelãs
Mãos cansadas,
calejadas,
tecem fios de lã,
entrelaçam, unem pontos,
tecem e conjuram
destinos...
Mãos sublimes,
rústicas,
eternas...
Tecem sonhos,
nostalgias,
no afã
de sublimes manhãs...
Tecem fios de lã,
mosaico colorido
dos destinos humanos...
Tecem fios de lã...
Tecem sonhos...
As tecelãs...
Colorido - poema
No céu,
pintou-se
o arco-íris...
- sete cores
- sete dores
- sete amores
- sete adeuses
- sete sonhos...
Rasgou o céu
de anil
o arco-íris...
- sete esperanças
- sete alianças
- sete cobranças
- sete sabores...
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