Insetos - poema publicado em Antologias

 

 

Insetos

 

 

Os olhinhos quase saltavam das órbitas,

pobres olhinhos inocentes...

incoerentes, patéticos,

querem algo,

estrago que já sofreram tão cedo.

Os dedinhos magros cobrem

a visão retorcida da

angústia que esmaga,

a triste ferida que o 

tempo não cura,

nem o remédio adianta?

A pobreza é pungente,

muda o que é direito,

corrói o que está certo,

sufoca os protestos,

mata o inseto?

Inseto... parece aquele menininho

que tapa os olhos na certeza

que não verá nunca o brilho

de um novo amanhecer!

"Somos simples insetos humanos"




Um comentário:

Rosangela Mariano disse...

Poema classificado em 1992, em Antologia (SP) e, depois, em 2001 (São Leopoldo - RS)

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