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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Louco devaneio - poema

 

 

 

  Louco devaneio

 

 

 

Corri através do tempo

para alcançá-lo...

Meus pés sangaram,

sufoquei meu grito

na garganta

e chorei copiosamente,

derramando lágrimas

ao longo da estrada...

Transformaram-se as lágrimas

em estrelas!

Oh, Divino Senhor...

por que  me tiraste o prazer

de caminhar ao lado dele?

Não basta saber

que as estrelas brilham

no firmamento

e espiam lá na Terra

o rosto do meu amado...

Não!

Fruto - poema





 

Fruto

 

Fui verde

Fui luz

Fui estrada

Fui ponte...

 

Nas correntes 

do tempo,

fui rosas e fonte

de novos recomeços...


domingo, 29 de dezembro de 2013

Sonhar - poeminha









Sonhar

 

Há  muito que sonhar!

Pessoa que não sonha

É como terra árida...

Onde, às vezes,

não vale a pena

plantar!

Sangrou - poema






Sangrou



Ontem,

           numa cadeira,

           silenciosamente,

                                      sentei...

E... esqueci-me

                        de mim

                                     mesma!

Pobre sombra

                        de um passado remoto.

Ontem,

             esquecida

                             de que te amei,

Olhei

            dentro do 

                               meu coração...

E ele

    sangrou

               por

                   ti...


* poema selecionado para a Revista Conexão Literatura/2021.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Borboletas - poema


 

 

 

 

 BORBOLETAS

 

Duas

borboletas

dançam

com graça

etérea...

Amarelas,

recortadas

contra o fundo azul

do céu outonal...

Bailam

as borboletas

amarelas

em uníssono  melódico...

 

Encontro casual (?),

suave fluidez...

Singelas, 

profundamente

amarelas,

pontinhos

dourados

na tarde

de sexta-feira...






Esperanças - poema







Esperanças🌟❋❋

 

Repus estrelas

e bolas coloridas

quebradas ao longo

de eternos Natais...

 

 

Na metamorfose

do presépio,

sonhei novas esperanças,

novas alegrias

aos pés do menino Jesus...

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Agora? - poema












Agora?

 

 

chuva cantando

no telhado,

gotas,

goteiras,

rios

de água

no quintal...

Lamaçal, 

cascatas

siderais

apagando

o riso azul

de meninos

e meninas...

Azul... agora?

Apenas o azul

do amor fraternal

da Nação Brasileira...

Insetos - poema publicado em Antologias

 

 

Insetos

 

 

Os olhinhos quase saltavam das órbitas,

pobres olhinhos inocentes...

incoerentes, patéticos,

querem algo,

estrago que já sofreram tão cedo.

Os dedinhos magros cobrem

a visão retorcida da

angústia que esmaga,

a triste ferida que o 

tempo não cura,

nem o remédio adianta?

A pobreza é pungente,

muda o que é direito,

corrói o que está certo,

sufoca os protestos,

mata o inseto?

Inseto... parece aquele menininho

que tapa os olhos na certeza

que não verá nunca o brilho

de um novo amanhecer!

"Somos simples insetos humanos"




Malmequer Bem-me-quer - poema










Malmequer

Bem-me-quer

desfolhar

malmequer...

bem-me-quer...

pétalas amarelas

caídas pelo chão...

- amores de verão!

despetalar

malmequer...

bem-me-quer...

pétalas perfumadas

arrancadas sem perdão...

- amores que chegam!

- amores que vão!

... malmequer...

... bem-me-quer...

 

 

 

Tecelãs - poema



Tecelãs


Mãos cansadas,

calejadas,

tecem fios de lã,

entrelaçam, unem pontos,

tecem e conjuram

destinos...


Mãos sublimes,

rústicas,

eternas...

Tecem sonhos,

nostalgias,

no afã

de sublimes manhãs...


Tecem fios de lã,

mosaico colorido

dos destinos humanos...


Tecem fios de lã...

Tecem sonhos...

As tecelãs...






Colorido - poema







No céu, 

pintou-se

o arco-íris...

- sete cores

- sete dores

- sete amores

- sete adeuses

- sete sonhos...

Rasgou o céu

de anil

o arco-íris...

      - sete esperanças

- sete alianças

  - sete cobranças

- sete sabores...

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Flores para Amélia - poema



Flores para Amélia



Extinguiu-se

a luz...

Ela, 

- Amélia!

me deixou

saboreando

solidão...


O som 

de seu riso...

- Amélia!

 

O encanto

de ser arco-íris

em dias

de sol...

 

A dor

cinzenta

do arrependimento

amarga

minha alma...

"- Por que

não levei

flores

para Amélia??"

 

Deixei-a partir

sem, ao menos,

sentir o perfume

de  meu olhar...

 

"- Deus,

por que

não levei 

flores

para Amélia??"

 

E, sequer,

a soube

amar!



Líquido letal


 

 

 

 Frutificam em meus lábios

as doçuras dos teus...

 

Sumo ardente,

nascente,

feito sol poente.

Escorre...

lento...

impiedoso(?)

Líquido

letal

que pode,

sim,

matar!


Meu poema em destaque

Poema selecionado "Brumas"

  Poema selecionado Revista Bsrbante abril 2024