Pesquisar este blog

sábado, 7 de junho de 2014

Uma música, uma vida - poema selecionado

 

 

Uma menina

simples, encantadora

ou apenas uma sonhadora

como tantas crianças 

de uma época marcada

pelo sarcasmo e descrença?

Os sonhos nem sempre acontecem,

mas ela aconteceu.

E cresceu.

Quais seriam seus sonhos agora?

Que pensaria a menina morena?

Os caminhos da adolescência

são muitas vezes frágeis

quebram-se como cacos

de porcelana (será chinesa)?

Mas ela  cresceu,

passando por obstáculos 

e cruzando barreiras.

Quantas vezes será que chorou?

"As lágrimas têm gosto de sal

e, nós, seres humanos, somos o sal da terra".

Será que nisso ela pensou?

E isso a impulsionou?

Mas ela batalha?

Ainda batalha.

Embora a muralha

do egoísmo talvez se erga entre ela

e um mundo novo...

A adolescente foi em frente.

Quantas vezes amou?

Talvez seja descrente

ou até hoje carente no amor.

Quando começou a gostar

das letras vibrantes

de uma  canção musical?

Aos 5, 15, 20, 25....?

Quanto tempo levou para descobrir

que os sons nos transportam a 

um mundo todo especial

ou ao cosmo sideral?

MENINA-ADOLESCENTE-MULHER

Será a música sua bandeira?

Bastará empunhá-la

para se transformar em uma 

célebre cantora?

Terá sido esse o sonho eterno

da  menina Marisa?

Que representará a música em sua vida?

Um efêmero momento de sucesso?

Ou o ingresso no palco "dos astros"?

Representará a luta fácil

ou um momento apenas,

o pedacinho de uma vida

ou a vida inteira? 

Uma letra, uma vida

que compõe todo o caminho

MENINA-ADOLESCENTE-MULHER-MARISA MONTE.


** Poema selecionado para a Revista Literária Ecos da Palavra Abril/2022

Metamorfose

Espalhada  por entre as folhas secas,

a beleza foi aprisionada,

abandonada num recanto silencioso

e, hoje,  jaz emoldurada

nas sombras do passado...

 

Só o vento restou!

Da saudade de uma brisa

ao perfume da flor

nada sobrou!

 

Vislumbro no céu azul

contornos indefinidos,

lembranças amargas

de uma saudade doída e... maldita!

 

E, ao pôr do sol,

sentada num muro qualquer,

revejo meus planos...

Como pano de fundo... os sonhos.

Então, do pontapé nos desenganos,

estendo minha alma

"para além das infinitudes"...

 

O vento, que no momento me embala,

 já não é o mesmo - foi algum dia?

Há nele uma suavidade aparente

até  meio caliente...

Descubro que não é só o vento que está diferente:

- Eu mesma mudei!!

Meu poema em destaque

Poema selecionado "Brumas"

  Poema selecionado Revista Bsrbante abril 2024