Enquanto a poeira
soprava
e ardia
em nossos olhos
e almas...
o deserto em mistérios
era a dura
descoberta
de um espírito sonhador...
Na languidez
mormacenta
das horas,
só mesmo os cactos
pontiagudos
de espinhos
mostravam sorrisos...
- risos cansados,
tristes,
sedentos de água...
O calor afagava,
enlaçava,
abraçava
corpos suados
e os rostos crestados
refletiam imagens
de dor...
Era o deserto
em sua amplitude
infinita,
quebrando sonhos,
forças
e vontades...
... ressecando
lágrimas
e almas...
... confundindo
silêncios
e horas...
... mesclando impiedade...
- Alquimia do tempo!
** Poema premiado com o 6º lugar, em 10 de Setembro, Revista Inversos, Feira de Santana, Bahia.
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