De repente
senti saudade
da minha infância
das brincadeiras singelas,
dos docinhos da vovó...
De repente
bateu a nostalgia,
queria ser novamente criança
para sonhar acordada...
ser "tudo" e "nada"...
De repente
me vejo transportada
ao aconchego de um colo acolhedor
mil vezes mimada
- ah, essa menina danada!
De repente
me fiz criancinha,
a brincar de cirandinha,
as doçuras que não voltam jamais!
De repente
sou a sapeca garota,
escondida entre as árvores,
qual borboleta de flor em flor...
De repente
não ser mais gente adulta
expressão "carrancuda"...
De repente
passo a acreditar
em fadas, sacis,
coisinhas talvez tão pueris...
Mas... de repente
algo se quebra,
um instante mágico e noto...
que apenas estou em sala de aula,
numa noite qualquer
e a saudade, a caneta, o papel
é apenas uma forma de relembrar...
Só relembrar!
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